segunda-feira, 31 de agosto de 2009
SAIBA MAIS !!!
O vegetarianismo transcende a mera "pena dos animais" e a opção por uma dieta mais saudável. Ser vegetariano é, antes de tudo, adotar uma postura ética! O discurso que se usa para justificar a exploração dos animais é o mesmo que, no passado, usamos para defender a escravidão e a desigualdade de direitos entre homens e mulheres. Talvez isso fique claro comparando-se as atitudes injustas em relação a animais humanos e não humanos: http://www.peta.org/animalliberation/guide3.asp
O vegetariano, conscientemente ou não, está boicotando os "produtos" de uma indústria que mente descaradamente para seus consumidores, que coloca seus funcionários sob condições de trabalho precárias e embrutecedoras, que destrói o meio-ambiente em virtude do consumo pródigo de recursos naturais e despejo de poluentes, além de explorar, torturar e matar os não-humanos. O vegetariano quebra o paradigma de que "comer carne é necessário", questionando a tradição e a autoridade.
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O que torna você menor do que aquele que ganha a vida matando seres indefesos é você comê-los. Se toca, chuchu!
QUER SABER MAIS SOBRE VEGETARIANISMO?
ACESSE:
www.svb.org.br
www.ativeg.org
www.anda.jor.br
www.vidavegetariana.com.br
www.vegetarianismo.com.br
www.sejavegetariano.com.br
www.centrovegetariano.org
www.abolicionismoanimal.org.br
www.institutoninarosa.org.br
www.cantinhovegetariano.blogspot.com
www.pea.org.br
www.nutriveg.com.br
www.seashepherd.org.br
www.animalliberationfront.com
www.tribunaanimal.org
www.sentiens.net
www.ranchodosgnomos.org.br
[b]ASSISTA, SE AGUENTAR porque dizer que sabe e não fazer nada é ainda não saber. E deixe de ser medroso e mastigue isto:[/b]
TERRÁQUEOS ( vencedor de vários prêmios )
[legendado em português]
Documentário sobre o especismo (doutrina que julga um espécie superior a outra) da espécie humana, contém cenas fortes e foi proíbido em muitos países. É para os corajosos.
Site oficial, em inglês: www.earthlings.com
parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=tZ8oxD9WLNo
parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=U1Qu0RPwI4U
parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=m-KSXWNx2Os
parte 4: http://www.youtube.com/watch?v=qxukf4iQlYw
parte 5: http://www.youtube.com/watch?v=BfPq3ESIv8I
parte 6: http://www.youtube.com/watch?v=0FdZUiUm_pY
parte 7: http://www.youtube.com/watch?v=gtQPHmbTEfo
parte 8: http://www.youtube.com/watch?v=W5f1j7zZhIU
parte 9: http://www.youtube.com/watch?v=o5pocEHeJoE
parte 10: http://www.youtube.com/watch?v=Nr5qin0GPYg
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Alternativas para testes em Animais
As Alternativas
O que são alternativas?
Definimos alternativas como recursos educacionais ou abordagens educativas que substituam o uso de animais ou complementem práticas humanitárias de ensino. A educação humanitária no ensino de ciências pode ser encontrada quando:
- estudantes são respeitados em sua liberdade de escolha e opinião
- animais não são submetidos a sofrimento ou mortos em praticas educativas
- os objetivos educacionais são obtidos utilizando-se métodos e abordagens
alternativas
- a educação estimula a visão holística e o respeito à vida
Alternativas são Inovadoras: A adoção de métodos alternativos mantém a educação atualizada e sincronizada com o progresso tecnológico, com o desenvolvimento de métodos de ensino e contribuem para o pensamento ético. Mostram o respeito para com as considerações éticas dos professores e estudantes, e para com os animais. Com várias alternativas, os estudantes podem aprender em seu próprio ritmo. A qualidade da educação é acentuada, criando um ambiente saudável de aprendizagem com o mínimo de conflitos negativos, distração ou complicação. Muitos métodos humanitários de ensino são simples, previsíveis e repetitíveis, de modo que princípios experimentais e objetivos posam ser aprendidos eficientemente. A auto-experimentação pode ser altamente memorizável e divertida, e alternativas avançadas como realidade virtual e multimídia são excitantes no uso.
Alternativas são Eficientes: O uso de alternativas e uma combinação de cuidados específicos no ensino possibilitam o alcance dos objetivos de ensino de qualquer prática com animais. Além do mais, estudos publicados que têm avaliado a eficiência de métodos alternativos tem mostrado que os estudantes que optam por alternativas aprendem tão bem quanto, e em alguns casos melhor, que os estudantes que utilizam o método tradicional de experimentação animal. Alternativas são mais econômicas também: muitas alternativas e mesmo métodos de ensino são baratas quando comparadas ao gasto com a manutenção, compra ou criação de animais. Outras alternativas requerem um gasto inicial considerável, mas os benefícios do investimento são aparentemente imediatos, e os custos podem ser cobertos à longo prazo, pois poupam o gasto exigido com o uso de animais.
Modelos e Simuladores: Modelos e simuladores mecânicos podem ser muito úteis ao estudo de anatomia, fisiologia e cirurgia. Eles vão de modelos simples e baratos à equipamentos computadorizados. Modelos mecânicos como simuladores de circulação podem oferecer uma excelente visão de processos fisiológicos, e simuladores de pacientes ligados à computadores e manequins, e controles sofisticados de operação estão substituindo cada vez mais o uso de animais no treinamento médico.
Filmes e Vídeos Interativos: Filmes são baratos, fáceis de se obter, duradouros e fáceis de usar. Eles oferecem a possibilidade de repetição, utilizando câmera lenta, e mostrando detalhes em closes. A adição de gráficos, animações e elementos interativos podem acentuar o seu valor educativo; e com faixas audio-visuais os estudantes podem acompanhar uma gravação de um experimento enquanto monitoram os equipamentos que registram os detalhes do experimento.
Simulação Computadorizadas e Realidade Virtual: Alternativas computadorizadas podem ser altamente interativas e incorporar outros meios como gráficos de alta qualidade, filmes, e frequentemente CD Roms. Eles podem ser baseados em dados experimentais atuais ou serem gerados de equações clássicas, e podem incluir variação biológica. Alguns permitem a adaptação pelos professores, de modo a possibilitar os objetivos específicos da aula. A aprendizagem através de computadores não apenas permite a exploração de disciplinas por novos caminhos e em grande profundidade, como também capacita os estudantes para um futuro onde a Informação-Tecnologia terão um papel dominante. Desenvolvimentos no campo da realidade virtual têm possibilitado o uso de técnicas de imagem de alta qualidade no trabalho de diagnóstico e tratamento no estudo e prática de medicina humana. Com as técnicas disponíveis atualmente, o desenvolvimento de novas alternativas computadorizadas e o aperfeiçoamento de produtos existentes é quase ilimitado.
Auto-Experimentação: Estudantes de biologia e medicina de muitas universidades participam ativamente em práticas cuidadosamente supervisionadas onde eles são os animais experimentais para o estudo de fisiologia, bioquímica e outras áreas. Ingerindo substâncias como café ou açúcar, administrando drogas como diuréticos, e usando eletrodos externos para a mensuração de velocidade de sinais nervosos estão entre os muitos testes que podem ser aplicados em si mesmo ou nos colegas.
Uso Responsável de Animais: Para estudantes que precisam de experiências práticas com animais, tais necessidades podem ser supridas de diversas maneiras humanitárias. Animais que morreram naturalmente, ou que sofreram eutanásia por motivos clínicos, ou que foram mortos em estradas, etc., são utilizados em algumas universidades para o estudo de anatomia e cirurgia. Para estudantes que precisam do uso de animais vivos, a prática clínica é o método mais aplicado e humanitário; em alguns cursos de veterinária, por exemplo, a habilidade cirúrgica é aprendida pelos estudantes através de operações severamente supervisionadas em pacientes animais, em clínicas veterinárias.
Estudos de Campo e de Observação: Existe uma gama ilimitada de práticas alternativas que podem ser aplicadas através do estudo em campo. Animais selvagens e domésticos, e obviamente humanos, oferecem oportunidades para o estudo prático não invasivo e não prejudicial no estudo de zoologia, anatomia, fisiologia, etologia, epidemiologia e ecologia. Tais métodos podem estimular os estudantes a reconhecerem suas responsabilidades sociais e ambientais.
Experiências In Vitro: Muitos procedimentos bioquímicos envolvendo tecido animal podem ser adequadamente experimentados em cultura de tecidos. Outros métodos in vitro, particularmente em toxicologia, podem ser utilizados microorganismos, cultura de células, substituindo o uso de animais e oferecendo excelente preparação para profissões em pesquisas humanas.
Fonte Interniche Brasil
Retirado do site do PEA
domingo, 17 de maio de 2009
A carne e a evolução
Algumas pessoas questionam os vegetarianos, partindo da teoria de que o consumo de carne foi essencial à evolução da espécie.
Como eu não tenho formação científica para discutir a teoria em si (e nem teria razão para isso), para essas horas eu resolvi deixar a argumentação tradicional de lado e adotar uma fábula, mostrando como esse tipo de estudo não influencia a validade do vegetarianismo:
Vamos imaginar o seguinte - um homem das cavernas que vamos chamar carinhosamente de Ugh. Ugh é praticamente um macaco, não tem a menor idéia do que seja agricultura e come o que consegue coletar nas árvores (isso quando não é inverno). Ugh então é um pobre homem-primata praticamente desnutrido.
Em um dia que não tinha absolutamente nada pra comer Ugh resolve imitar os animais dos quais normalmente foge e caça um animal pra comer. Ah, detalhe, antes disso ele desceu das árvores, teve que desenvolver alguma ferramenta, então a mudança de ambiente tb força uma evoluçãozinha... Temos agora a seguinte situação: Ugh continua comendo seus escassos vegetais como um bom menino, mas complementa com uma carne. De repente ele aumenta a ingestão de proteínas e gordura, algo meio escasso nas fontes vegetais da época. E claro que o organismo dele vai responder a esses estímulo.
O problema é que a carne, muito embora seja digerida pelo Ugh, tem uns efeitos bem desagradáveis e metade da tribo dele acaba morrendo pois a digestão é bastante estranha. Enquanto estavam, literalmente, "ughando", viram almoço de algum tigre mal intencionado. Os que resistem são os que aguentam melhor a digestão do bagulho - muito embora nosso intestino permaneça até hoje longo (mais próximo de um herbívoro que de um carvívoro). Quando descobrem o fogo, entretanto, a mastigação e digestão da carne acabam ficando facilitadas, aumentando o consumo. Mas os vegetais nunca foram deixados de lado - e o cozimento de tubérculos, aumentando a energia disponível, também é um marco evolucionário.
Aliás, carne é um alimento tão estranho que basta pensar no que o Dr. Atkins descobriu: se vc passar um mês comendo apenas carne, vai emagrecer (pois seu corpo entra em estado cetônico, o que não é saudável). Aliás, terá zilhões de complicações, mas é só para mostrar que não existe nenhum humano realmente carnívoro (pão, feijão e arroz são de origem vegetal, caso alguém não lembre).
Acontece que um dia mais belo ainda o Ugh (um descendende após milhões de anos) descobre que não precisa ficar indo de caverna em caverna pois se ele plantar algumas coisas elas nascem. Bem, a alimentação dele fica bem mais variada e mais fácil.
E aí, ele não só começa a parar de se preocupar com comida como tem tempo pra desenvolver outras coisas e tem até tempo pra ficar pensando (óóóóó - uau, pensar desenvolve o cérebro). Se temos ciências, filosofia, artes, isso se deve principalmente à agricultura que possibilitou ao homem algum tempo livre, não precisando mais se deslocar noite e dia em busca de alimentação.
Passamos vários milênios. Ugh (deve ser Ugh MCCLXXIX) hoje em dia é um advogado meio estressado e, porque a avó disse que ficaria doente sem carne, come até hoje. Só que ele tá meio obeso, hipertenso, com o colesterol alto, mais velho do que sua idade e um sério candidato a câncer de intestino... Mas como é que ele vai sobreviver sem o churrasquinho do final de semana?
Mas hoje em dia o Ugh não é nem caçador nem agricultor (tem gente que faz isso pra ele. Aliás, ele nem sabe de onde vêm metade das coisas que ele come, sem contar que ele não faz esforço físico nenhum pra isso). Ele tem disponibilidade de todo tipo de alimento que possa imaginar.
A grande questão é que NÃO EXISTEM ALIMENTOS ESSENCIAIS, EXISTEM NUTRIENTES ESSENCIAIS. Ou seja, dá pra viver muitíssimo bem e sem as desvantagens da carne. Será que esse não é o próximo passo da evolução? (Sim, é provocação.)
Então, vamos aos nutrientes que todo mundo invoca para não parar de comer carne:
a) Proteína: o organismo não absorve proteínas, absorve aminoácidos. Muito embora a carne contenha todos os chamados "aminoáciodos essenciais" (claro, é um ser vivo bem parecido conosco), ela não é a única fonte. As combinações (ao longo do dia, não é necessário ser na mesma refeiçã) de leguminosas com cereais preferencialmente integrais, cereais com oleaginosas (ou laticínios) ou sementes com leguminosas suprem as necessidade desses aminoácidos. Vegetarianos praticam atividade física e conseguem ganho de massa muscular; há inclusive vários atletas de alta performance vegetarianos.
b) Ferro: vegetais possuem o chamado "ferro não heme" (carne tem 60% do ferro nessa forma, também, mas não vamos aumentar a discussão). Pra absorver esse tipo de ferro, a única coisa que a pessoa tem que se preocupar é com manter uma ingestão adequada de vitamina C diária (ou seja, tem que fazer o que qualquer onívoro minimamente consciente com sua dieta faria). O fato é que índices de anemia em populações creófilas e vegetarianas são equivalentes, evidência que afasta a necessidade da carne.
c) Zinco: existe abundantemente em ovos, leite, feijões, sementes e castanhas.
d) Vitamina B12: tem em ovos e leite também. 1 gema ou 2 fatias de queijo por dia suprem a necessidade diária. Só que vitamina B12 é produzida por bactérias que moram no intestino de alguns animais (nós produzimos mas não absorvemos, a príncípio) e casca de frutas contaminadas (que, como lavamos, não dá pra contar como fonte). Então tem muito vegetariano que não come leite ou ovo e está bem pois faz suplementação (que pode ser desde tomar pílulas uma vez por semana, injeção uma vez por ano a comer algum alimento enriquecido). Fazer suplementação não é nada demais (a imensa maioria dos brasileiros, que vivem longe do litoral, depende da suplementação de iodo. Mas, como ele é adicionado ao sal, ninguém nem lembra disso).
Ugh não vive mais em "estado de natureza" e não depende de carne para mais nada. Mora em cidades, usa computadores, habita construções de alvenaria e troca dinheiro por comida. Invocar esse tipo de argumento para tentar invalidar o vegetarianismo denota, no mínimo, um grande desconhecimento da questão nutricional e da nossa realidade.
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( texto retirado do site vegvida)
Resposta à matéria: Vegetarianismo pode esconder distúrbios alimentares em adolescentes
Para ilustrar a manipulação de informação à qual o leitor é induzido, a matéria informa que a porcentagem de vegetarianos que usam a dieta para controlar o peso ou para mantê-lo é de 20%. Qual seria a porcentagem de jovens onívoros que usam a dieta para perder peso? Se a ideia era fazer um alerta com relação ao comportamento dos vegetarianos, o jornalista falhou em colocar o problema em perspectiva ao deixar de comparar o comportamento dos jovens vegetarianos com o comportamento da norma.
Mais adiante, na mesma linha, o texto sugere que “parte” desses jovens que usam a dieta vegetariana para perder peso sofreriam de anorexia e bulimia, mas o autor falha em citar qual seria a porcentagem de anoréxicos e bulímicos dentro dessa porcentagem de 20%: “Dentre os vegetarianos, dois de cada dez admitiram usar a dieta verde para perder peso ou para mantê-lo. No controle da balança, usam táticas como comer pouco e vomitar“. Certamente ele quis que alguns desses 20% usam tais táticas, e não todos eles, o que poderia ser qualquer número entre 1 ou 108 indivíduos (o estudo avaliou 2.516 jovens, sendo 108 vegetarianos). Mas da maneira como foi escrito, ao ler a frase acima, o leitor desatento poderá facilmente ser levado a crer que os 20% citados são todos anoréxicos e bulímicos. Ademais, a porcentagem de jovens vegetarianos que sofrem desses distúrbios é maior do que a porcentagem de jovens onívoros? Se não é, qual foi o propósito em causar alarde?
O jornalista fecha com chave de ouro o penúltimo parágrafo, onde ele declara: “Há exceções: filho de vegetarianos, Juliano Vilela, 16, nunca tomou pílulas. Tampouco comeu carne. ‘Não sei qual é o gosto e nem quero saber.’”. Exceções?! Se estávamos falando de 20% de jovens que usam a dieta para controlar o peso (o que não caracteriza distúrbio), sendo que apenas uma fração (não informada) desses sofreria de distúrbios como anorexia e bulimia, quando foi que todo o restante (mais de 80% do total) passou a ser exceção? Pelos meus cálculos (e usando os números do próprio autor), qualquer número superior a 80% é maior do que qualquer número inferior a 20%, o que significa que a exceção (citada por ele como saudável) é a regra, e a regra (citada por ele como ortoréxica) é a exceção. Em nome da sanidade da informação, espero sinceramente que a falta de perspicácia do autor e a gafe da editoria da Folha Online ao deixar um texto com tamanho potencial de desinformação ser publicado sejam a exceção e não a regra.
Operações matemáticas primárias e expectativas à parte, o texto contém “erros” grotescos de informação de cabo a rabo. A abertura do texto sugere que o fato de 20% dos jovens que se dizem vegetarianos sofrerem de distúrbios alimentares seria um bom contra-argumento para a alegação de que quem não come carne é mais saudável. Será que o autor realmente pretendeu, usando esse único argumento, derrubar toda a sólida argumentação em favor da adoção de uma dieta vegetariana? Proeza difícil essa. Mas espere aí, está escrito ali no início do texto que 20% dos jovens vegetarianos sofrem de distúrbios alimentares? Sim, está escrito exatamente assim logo no primeiro parágrafo. Mas como já vimos, mais adiante no texto está escrito que 20% dos jovens usam a dieta para controlar o peso, o que não caracteriza distúrbio alimentar. O que é sugerido é que apenas uma parte (não declarada) desses 20% sofreria de distúrbios alimentares. Bom, estamos de volta às dificuldades com a ciência aritmética básica.
Já no ramo da ciência da saúde, uma vasta literatura científica aponta de maneira consistente para o fato de que vegetarianos (crianças, jovens e adultos) são mais saudáveis do que os seus parceiros onívoros, gozando de melhor saúde e longevidade. Aliás, a própria matéria em questão, em raros trechos dispersos entre a condução manipulada e maravilhas literárias como ‘proteger os bichinhos’ e ‘vegetas’, informa que:
* 4,3% dos jovens americanos são vegetarianos;
* 25% dos jovens americanos acha o vegetarianismo “cool” (bacana);
* a porcentagem de vegetarianos no Reino Unido cresceu de 1,8% nos anos 80 para 7% em 2005;
* nas palavras da autora do estudo: “vegetarianos têm menos chances de ter doenças cardíacas e diabetes”;
* nas palavras do autor do texto: “os ‘vegetas’ com dieta balanceada tendem a ingerir mais vitaminas e menos gordura do que quem come carne”;
* vegetarianos estão insatisfeitos com o atendimento prestado por nutricionistas.
Seja para os profissionais da área de saúde ou do jornalismo, a informação correta acompanhada de uma boa dose de aritmética básica é prescrição essencial.
George Guimarães
Nutricionista especializado em dietas vegetarianas
RG: 13.564.803-8
Fone: 11-5585-3475
e-mail: nutriveg@terra.com.br
Para ilustrar a manipulação de informação à qual o leitor é induzido, a reportagem declara que a porcentagem de vegetarianos que usam a dieta para controlar o peso ou para mantê-lo é de 20%. Qual seria a porcentagem de jovens onívoros que usam a dieta para perder peso? Se a ideia era fazer um alerta com relação aos vegetarianos, o jornalista falhou em colocar o problema em perspectiva ao ter falhado em comparar o comportamento dos jovens vegetarianos com o comportamento da norma.
Mais adiante, na mesma linha, o texto sugere que “parte” desses jovens que usam a dieta vegetariana para perder peso sofreriam de anorexia e bulimia, mas o autor falha em citar qual seria a porcentagem de anoréxicos e bulímicos dentro dessa porcentagem de 20%: “Dentre os vegetarianos, dois de cada dez admitiram usar a dieta verde para perder peso ou para mantê-lo. No controle da balança, usam táticas como comer pouco e vomitar“. Poderiam ser qualquer número entre 1 ou 108 indivíduos (o estudo avaliou 2.516 jovens, sendo 108 vegetarianos). Ao ler a frase acima, o leitor desatento pode facilmente ser levado a crer que os 20% citados são todos anoréxicos e bulímicos. A porcentagem de jovens vegetarianos que sofrem desses distúrbios é maior do que a porcentagem de jovens onívoros? Se não é, qual foi o propósito em causar esse alarde?
No penúltimo parágrafo, o jornalista fecha com chave de ouro: “Há exceções: filho de vegetarianos, Juliano Vilela, 16, nunca tomou pílulas. Tampouco comeu carne. ‘Não sei qual é o gosto e nem quero saber.’”. Se estávamos falando de 20% de jovens que usam a dieta para controlar o peso (o que não caracteriza distúrbio), sendo que apenas uma fração (não informada) desses poderia sofrer de distúrbios como anorexia e bulimia, quando foi que todo o restante (mais do que 80% do total) passou a ser exceção? Usando os números do próprio autor, pelos meus cálculos qualquer número superior a 80% é maior do que qualquer número inferior a 20%, o que significa, que a exceção citada como saudável é a regra e a regra citada como exceção é a exceção. Em nome da saúde da informação, espero que a falta de perspicácia do autor e a gafe da editoria da Folha Online ao ter deixado um texto com tamanho potencial de desinformação ser publicado sejam a exceção e não a regra.
Operações matemáticas primárias e expectativas à parte, o texto contém “erros” grotescos de informação de cabo a rabo. A abertura do texto declara que o fato de que 20% dos jovens que se dizem vegetarianos sofrerem de distúrbios alimentares seria contra-argumento para a alegação de que quem não come carne é mais saudável. O autor realmente pretendeu derrubar toda a argumentação em favor da adoção de uma dieta vegetariana com esse único argumento? Proeza difícil essa. Mas espere aí, ele escreveu que 20% dos jovens vegetarianos sofrem de distúrbios alimentares? Sim, está escrito exatamente assim no primeiro parágrafo do texto. Mas ele não havia dito mais adiante no texto, como já foi citado, que 20% dos jovens usavam a dieta para controlar o peso e apenas uma porcentagem (não declarada) desses sofria de distúrbios alimentares? Bom, estamos de volta às dificuldades com a ciência aritmética básica.
Já no ramo da ciência da saúde, uma vasta literatura científica aponta de maneira consistente para o fato de que vegetarianos (crianças, jovens e adultos) são mais saudáveis do que os seus parceiros onívoros, gozando de melhor saúde e longevidade. Aliás, a própria matéria em questão, em raros trechos dispersos entre a condução manipulada e maravilhas literárias como “proteger os bichinhos” e “vegetas”, informa que:
* 4,3% dos jovens americanos são vegetarianos;
* 25% dos jovens americanos achava o vegetarianismo “cool” (bacana);
* a porcentagem de vegetarianos no Reino Unido cresceu de 1,8% para 7% dos anos 80 para 2005;
* nas palavras da autora do estudo: “vegetarianos têm menos chances de ter doenças cardíacas e diabetes”;
* nas palavras do autor do texto: “os ‘vegetas’ com dieta balanceada tendem a ingerir mais vitaminas e menos gordura do que quem come carne”;
* vegetarianos estão insatisfeitos pelo atendimento prestado pelos nutricionistas.
Seja para os profissionais da área de saúde ou do jornalismo, a informação correta acompanhada de uma boa dose de aritmética é prescrição essencial!
George Guimarães
Nutricionista especializado em dietas vegetarianas
e-mail: nutriveg@terra.com.br
site: www.nutriveg.com.br
TERRÁQUEOS! Para os corajosos como eu =)
PARTE 2:
PARTE 3:
PARTE 4:
PARTE 5:
PARTE 6:
PARTE 7:
PARTE 8:
PARTE 9( FINAL ):
quinta-feira, 9 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Carta ao jornal Estado de São Paulo - debate sobre experiências em animais
Cientistas e pesquisadores que investigam as doenças que afligem humanos são treinados em centros de pesquisa na prática criminosa da vivissecção, proibida pela Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, quando há métodos substitutivos. Em muitos casos, a vivissecção é o único método no qual a inteligência científica recebe treinamento. Nos últimos quarenta anos, a pesquisa biomédica centrou esforços em experimentos com "modelos" obtidos às custas do sofrimento e morte de animais não-humanos, usados para espelhar as doenças produzidas num ambiente físico e mental humano. Entre essas estão o câncer, os acidentes vasculares, a hipertensão, a hipercolesterolemia, o diabetes, a esclerose múltipla, as degenerações neurológicas conhecidas por mal de Parkinson e mal de Alzheimer, a "depressão" e outras formas de sofrimento psíquico. Ratos, camundongos, cães, símios, cavalos, porcos e aves são comercializados no mercado vivisseccionista.
Só para dar um exemplo: Calcula-se que sejam 2, 6 milhões de humanos sofrendo de esclerose múltipla ao redor do planeta. Os medicamentos obtidos a partir da vivissecção de roedores fracassaram. Cientistas reconheceram que a causa da doença é "ambiental", contribuindo para ela diferentes genes, não apenas um. Os medicamentos disponíveis hoje, de origem microbiana, não resultaram da vivissecção, e sim da codificação da estrutura físico-química deles (Greek & Greek, Specious Science).
Não sendo aquelas doenças de origem genética nem hereditária, qual seria o propósito científico em se insistir na arquitetura do modelo animal para buscar a cura delas?
Talvez se possa saber a resposta, olhando para os interesses financeiros (reais "benefícios humanos"?), em jogo na base, em volta e por detrás da atividade vivisseccionista acadêmica e dos negócios que ela encobre. Consultando-se a tabela de preços das empresas que fornecem camundongos geneticamente modificados para pesquisas vivisseccionistas, por exemplo, começamos a ter uma idéia do que se esconde por detrás do argumento do "benefício humano", que os vivisseccionistas defensores da legalização desta prática anti-ética usam como escudo para protegerem-se das críticas abolicionistas.
A pesquisa com animais vivos "beneficia interesses humanos": o preço de um camundongo geneticamente modificado, para citar apenas uma espécie usada na vivissecção, pode variar de U$ 100,00 a U$ 15.000,00 dólares a unidade. Os utensílios para o devido manejo de um animal desses não são oferecidos por preços camaradas. Um aparelho para matar, de forma "humanitária", animais usados na pesquisa, desativando-lhes as enzimas cerebrais, custa algo em torno de U$ 70.000,00 a unidade. Aparelhos para conter ratos, cães, gatos e macacos, podem custar entre U$ 4.500,00 a U$ 8.500,00 a unidade. Os "produtores" de animais também são parte desta cadeia que forma a "dependência da ciência em relação à vivisseccção", sem a qual ela não pode sobreviver hoje, e à qual a vida e a saúde humana estão algemadas.
Em 1999, relatam Greek & Greek, a venda de camundongos nos Estados Unidos alcançou 200 milhões de dólares. A de outros animais chegou a 140 milhões de dólares. Mas, os "benefícios humanos" aos quais os vivisseccionistas se referem em sua defesa pública da regulamentação da vivissecção no Brasil, não se restringem apenas ao que os empresários produtores de animais e fabricantes de aparelhos para contê-los nos biotérios e laboratórios faturam. Também os editores das revistas, jornais e livros são parte desta comunidade humana "beneficiada" pela vivissecção. E, finalmente, o benefício humano mais espetacular está no faturamento da indústria química e farmacêutica, uma cadeia de negócios ao qual estão atreladas todas as farmácias ao redor do planeta e todas as pessoas que compram medicamentos alopáticos na esperança de cura ou alívio de seus males, e alimentos processados, cujos componentes levaram os animais a sofrerem o Draize Test e o LD 50.
Mas, quando os vivisseccionistas publicam artigos defendendo a legalização de sua prática anti-ética, a de matar animais para inventar modelos que possam espelhar doenças humanas, mesmo sabendo que cada organismo tem sua própria realidade ambiental e não existe um meio que possa curar uma mesma doença em todos os indivíduos, pois cada um a desenvolve de modo peculiar, os "benefícios contábeis" e os "benefícios acadêmicos" acumulados em todos os elos dessa cadeia vivisseccionista são escondidos do leitor. Ninguém publica, no Brasil, um relato minucioso do montante destinado pelas agências financiadoras à pesquisa vivisseccionista. Por isso, não temos conhecimento dos custos do fracasso vivisseccionista (AIDS, câncer, Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, diabetes, colesterolemia, doenças ambientais, muito mais do que genéticas).
A pesquisa com animais levou a indústria farmacêutica ao apogeu nos últimos vinte anos. Não casualmente, nestes últimos vinte anos, multiplicaram-se as mortes por insuficiência circulatória, hipertensão, diabetes, câncer, síndromes neurológicas degenerativas, cirrose hepática e infecções. O componente ambiental dos males humanos não pode ser espelhado em organismo de ratos e camundongos. Ao mesmo tempo, vivisseccionistas insistem em defender a lei que legalizará sua prática, dando a entender ao público leigo que a vivissecção é a "saída" para a cura dos males humanos. Seus artigos "científicos" não produzem efeito, nem sobre seus pares vivisseccionistas. Como poderiam produzir efeitos sobre a saúde humana? 80% dos artigos publicados em revista especializada são citados no máximo uma vez em outros veículos, e 50% dos artigos vivisseccionistas jamais são citados, seja na mesma, seja em outras revistas (Greek &Greek). Os milhões de animais mortos para que tais artigos sejam publicados e para que seus autores os contabilizem em sua produtividade acadêmica, tiveram suas vidas destruídas para nenhum outro "benefício humano", a não ser dar a seus autores o título de mestre e doutor, ou a concessão de bolsas de produtividade.
São esses os reais "benefícios humanos" da prática vivisseccionista, dos quais ninguém pode abrir mão?
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Sônia T. Felipe, doutora em Filosofia Moral e Teoria Política pela Universidade de Konstanz, Alemanha, membro do Bioethics Institute da Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento, FLAD; pós-doutorado em bioética com recorte em ética animal, Professora e pesquisadora da UFSC, orienta monografias, dissertações e teses em bioética, ética animal, ética ambiental, direitos humanos e teorias da justiça. Autora de, Ética e experimentação animal: fundamentos abolicionistas (Edufsc, 2007) e Por uma questão de princípios (Boiteux, 2003). Colaboradora da Revista Pensata Animal, www.sentiens.net.
Animais X Cientificismo
Pesquisadores brasileiros, com a afirmação de que o uso de animais é imprescindível para a produção de novas substâncias, medicamentos e técnicas de pesquisa, parecem desacreditar na capacidade da ciência em vencer novos desafios. O argumento cientificista parece fazer uma leitura conveniente e parcial da história, defendendo equivocadamente que os resultados da experimentação animal são confiáveis ao homem.
Por que nossos cientistas gabam-se do aumento do número de mestres e doutores aqui formados a cada ano, enquanto omitem que o governo paga R$ 3.300,00 mensais para mantê-los no país? Em termos de estatísticas da chamada produção científica, vale dizer, não se deve confundir qualidade com quantidade.
A classe acadêmica procura manter sua tradição e status, mesmo que para isso tenha de se referir aos avanços em números, não em relevância científica. É um engano, porém, acreditar que a experimentação em animais tem resultados mágicos (fruto de um pensamento científico canônico) e que pode salvar vidas. Ratos, cães, macacos e outros, decididamente, não são seres humanos.
Ademais, da forma como vem sendo realizada na maioria dos laboratórios, centros de pesquisa ou estabelecimentos de ensino, a experimentação animal é uma atividade imersa na ideologia científica dominante (sem compromisso com novos valores emergentes), na qual os animais - tidos como objetos de estudo ou peças descartáveis - são tratados como se fossem criaturas eticamente neutras. Sob a justificativa de buscar o progresso da ciência, o pesquisador prende, fere, quebra, escalpela, penetra, queima, secciona, mutila e mata, perfazendo um autêntico massacre consentido. Isso tudo apesar da conhecida existência de recursos alternativos que a maioria dos vivisseccionistas nem quer ouvir falar e do dispositivo constitucional que veda a submissão de animais a crueldades.
Quanto ao PL 1153/95 (do então deputado Sérgio Arouca), que tramita há 12 anos em Brasília, seu texto é retrógrado e não tem o apoio das sociedades de proteção animal, tampouco da sociedade civil. Já o PL paralelo apresentado em 2003 pela deputada Iara Bernardi e injustamente rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça, tratava da experimentação animal de maneira bem superior, priorizando o uso de recursos substitutivos, garantindo a objeção de consciência e, ainda, vedando os experimentos repetidos cujos resultados são conhecidos do cientista.
Eventual aprovação do PL Sérgio Arouca não seria um passo derradeiro, nem sequer um avanço para a ciência. Basta lembrar que o legislador ambiental tornou crime a experimentação didático-científica em animais, quando não aplicados os recursos substitutivos existentes. Esta restrição legal contraria interesses econômicos movimentados pelas poderosas indústrias médica, cosmética e farmacêutica, além de causar preocupação àqueles que utilizam animais em pesquisas.
As informações hoje existentes sobre os índices de crueldade para com os animais submetidos à experimentação animal, bem como ao reconhecimento de que o uso animal em pesquisas é um erro metodológico capaz de prejudicar o próprio homem, levaram conceituados profissionais, sobretudo dos países desenvolvidos, a uma necessária mudança de paradigma, abolindo de vez a vivissecção. O que falta à classe de pesquisadores brasileiros, porém, é a ousadia de olhar pra frente, acreditar que é possível conciliar ética à atividade científica.
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Laerte Fernando Levai é promotor de justiça em São José dos Campos/SP e autor do livro 'Direito dos Animais'. E-mail: laertelevai@uol.com.br
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Thales Tréz é biólogo e professor da Universidade Federal de Alfenas/MG, autor do livro "A Verdadeira Face da Experimentação Animal", representante da Interniche no Brasil. E-mail: thales_trez@yahoo.com.br
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Sheila Moura é doutora em Serviço Social, presidente-fundadora da Sociedade Educacional "Fala Bicho" (1993) e ativista na proteção animal desde 1972. Produziu trabalhos pioneiros no país, como o Manual do Fala Bicho, o convênio com prefeitura para castração gratuita, a idealização, produção e publicação do primeiro livro brasileiro sobre experimentação animal (A Verdadeira Face da Experimentação Animal), programas de rádio, entre outros. Tem vinte e um artigos e inúmeras denúncias publicados na imprensa desde 1987, sobre os mais diversos temas ligados à defesa dos animais. É apresentadora do quadro "Fala Bicho" no Programa Francisco Barbosa, na Rádio Tupi do Rio de Janeiro. E-mail: falabicho@falabicho.org.br
Texto já publicado no jornal O Globo.
Resposta à reportagem “A moda do vegetarianismo – e seus riscos”
A reportagem “A moda do vegetarianismo – e seus riscos” publicada pela revista Época online em 28/11/2008, traz algumas afirmações que carecem de informação correta e outras que propõem meias soluções como se fossem soluções completas.
A reportagem afirma que o consumo de proteínas animais é fator de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares, apontando o seu conteúdo de colesterol como um dos responsáveis. Em seguida, a matéria apresenta a recomendação do médico nutrólogo para ingerir carnes vermelhas duas ou três vezes por semana, intercalando com carnes brancas.
Em primeiro lugar, algumas carnes brancas contêm mais colesterol do que as carnes vermelhas, podendo portanto serem piores para esse efeito. Além disso, se o vilão apontado é o consumo de “proteína animal”, o melhor resultado será obtido eliminando por completo o consumo desse produto e não o reduzindo de maneira conservadora.
Novamente, a reportagem cita uma afirmação do médico nutrólogo onde ele recomenda aos vegetarianos aspirantes para consumirem ovos e laticínios para que não fiquem “sem as proteínas animais presentes nas carnes”, estando implícito aqui que a proteína de origem animal seria essencial à nutrição humana, o que não é fato. Ademais, a recomendação para incluir ovos e laticínios na dieta vegetariana limita os benefícios para a saúde cardiovascular que poderiam ser obtidos com uma dieta vegana (vegetariana completa).
O erro mais grave, no entanto, está na afirmação de que a dieta vegana (vegetarianismo restrito), ou a “falta de proteínas animais”, seria contra-indicado para crianças e adolescentes com menos de 18 anos, sob o risco de prejudicar o crescimento e desenvolvimento da criança e causar alterações funcionais nos órgãos.
É fato que as carências nutricionais podem levar ao que foi descrito, mas não é fato que uma dieta vegetariana restrita seja uma dieta com carências nutricionais. Algumas associações dietéticas internacionais já se posicionaram sobre o tema da alimentação vegetariana infantil e não há restrição para a adoção de uma dieta vegana, desde que essa seja bem orientada e suplementada com a vitamina B12. Estudos científicos também corroboram o fato de que crianças e adolescentes podem adotar uma dieta vegana. Os poucos estudos que mostram resultados negativos no crescimento e desenvolvimento de crianças veganas são aqueles onde a população não faz uso de suplementação com a vitamina B12 ou onde prevalece um grau de desnutrição que atinge não apenas a população vegetariana, mas toda a população da região ou grupo estudado.
Em minha prática como nutricionista, dedico-me exclusivamente ao atendimento de pacientes vegetarianos, muitos deles crianças, adolescentes e inclusive gestantes. Seguindo o que é atestado por associações dietéticas de renome e por publicações científicas, os meus pacientes se mostram muito saudáveis, especialmente quando bem orientados.
Uma criança pode adotar uma dieta vegetariana ou vegana desde o nascimento, desde que haja o devido planejamento nutricional, o que é essencial em qualquer estilo alimentar, não sendo essa necessidade de planejamento exclusiva ao veganismo. Os nutrientes que merecem atenção em uma dieta vegana infantil são a vitamina B12 (encontrada em alimentos fortificados ou suplementos), o ômega-3 (encontrado no óleo de linhaça), a proteína (encontrada nas leguminosas e nas castanhas), o ferro (abundante nas frutas, vegetais verde-escuros, no melado-de-cana, nas castanhas e nas leguminosas) e o cálcio (encontrado nas mesmas fontes de ferro citadas).
Sugiro à reportagem da revista Época que escolha as suas fontes para compor as matérias, pois no caso da reportagem em questão faltou a informação tanto para a jornalista responsável quanto para o profissional consultado. Coloco-me à disposição para fornecer quaisquer informações adicionais a que possam se interessar.
Dr. George Guimarães
Nutricionista especializado em dietas vegetarianas
e-mail: nutriveg@terra.com.br e georgeguimaraes@anda.jor.br
website: www.nutriveg.com.br
Fone: 11 5585-34785
Veja a reportagem da Época online na íntegra:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI18148-15279,00-A+MODA+DO+VEGETARIANISMO+E+SEUS+RISCOS.html
Fonte: ANDA
Quer mesmo deixar de sentir vontade de comer carne?
Então visite um matadouro.
Veja os animais gritando pela vida em seus ultimos momentos.
Se debatendo sem chance alguma de defesa, sem direitos, sem advogado, sem entender por quê tudo está acontecendo.
Olhe no fundo dos olhos de uma vaca nos últimos momentos de sua triste vida.
Veja como gritam os porcos.
Sinta o cheiro da dor e da morte do sangue de um ser inocente e indefeso, que desde seu nascimento foi criado sob hormônios, confinado em cubículos, sem ver a luz do sol, sem sentir o cheiro do orvalho, sem estar em contato com a mãe Natureza, sem pisar na terra nem ver o brilho da lua e os ciclos do sol.
E que durante seu breve viver não ouviu o som do vento mas sim os gritos de dor dos últimos momentos dos seus semelhantes que estavam na hora do abate, pois o lucro a todos interessa.
Interessa ao criador, aos governos com seus impostos, aos índices da balança comercial, aos açougues e mercados.
E pensando bem..., nós a sociedade, boas pessoas, religiosas que somos, com nossos livros sagrados que teorizam amor e justiça, precisamos de um bom churrasco para brindar com os amigos as delicidas da vida.
E esperamos Complacência Divina em nossos momentos de dor e angústia.
E então... se você realmente possui sentimentos, se lembrará de alguém que um dia falou "Amai-vos uns aos outros (os animais tambem pois Amor verdadeiro não sectariza)...".
Faça esta experiência.
Eu afirmo que será marcante em sua vida, não apenas no sentido de carpádio, mas no modo como você se posiciona perante a sua vida e perante a Existência.
Serão algumas horas "perdidas" procurando e visitando um matadouro mas que trarão inestimáveis frutos para todo o seu viver.
Eu garanto enfaticamente: você será outro homem, em todo seu espectro de atuações e pelo resto de seu viver.
Pouca teoria, pouco verborragia. Prática, ação, atuação, realização."
Texto por J.W. - Comunidade Vegan do RJ
Libertação animal !!!
Link para baixar o livro em pdf clique : http://www.4shared.com/file/17506732/ed3d5660/Peter_Singer_-_Libertao_animal.html
Denunciar maus-tratos ( aprenda )
Aprendendo a denunciar maus-tratos
Drª Maria Cristina Azevedo Urquiola, advogada
Um breve estudo de como tratar na Delegacia de Polícia
para denunciar maus-tratos a animais
e obter o Boletim de Ocorrência (BO)
Drª Maria Cristina Azevedo Urquiola - Advogada
Caso você veja ou saiba de maus-tratos como estes:
-Envenenamento de animal
-Manter o animal em lugar anti-higiênico
-Manter animal trancafiado em locais pequenos
-Manter animal permanentemente em correntes
-Golpear e/ou mutilar um animal
-Utilizar animais em shows que possam lhe causar pânico ou estresse
-Agressão física a um animal indefeso
-Abandono de animais
-Não procurar um veterinário se o animal adoecer, etc
[ver art. 3º do Decreto Federal 24.645/34]
Não pense duas vezes: vá à delegacia mais próxima para lavrar boletim de ocorrência ou, na dúvida, no receio, compareça ao fórum para orientar-se com o Promotor de Justiça. A Denúncia de maus-tratos é legitimada pelo Art. 32, da Lei Federal n.º 9.605 de 1998 (Lei de Crimes Ambientais).
Promotoria de Defesa do Meio Ambiente:
Porto Alegre/RS: (51) 3224-3033
São Paulo/SP: (11) 3119-9524
Batalhão Ambiental da Brigada Militar
Rio Grande do Sul - (51) 3339-4568 / 3339-4219
Preste atenção a esta dica: leve com você, por escrito, o número da lei (no caso a 9605/98) com o art. 32, porque em geral a autoridade policial nem tem conhecimento dessa lei, ou baixe pela internet a íntegra da lei para entregá-la na Delegacia.
Assim que o Escrivão ouvir seu relato sobre o crime, a ele cumpre instaurar inquérito policial ou lavrar um Termo Circunstanciado. Se se negar a fazê-lo, sob qualquer pretexto, lembre-o que ele pode ser responsabilizado por crime de prevaricação, previsto no art. 319 do Código Penal do Código Penal (retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal). Leve esse artigo também por escrito naquele mesmo pedaço de papel.
O Escrivão irá tentar barrar o seu acesso ao Delegado, mas faça valer os seus direitos, exija falar com o Delegado que tem o dever de te atender e o dever de fazer cumprir a lei, principalmente porque você é quem paga o salário desses funcionários, com seus impostos.
Diga que no Brasil os animais são "sujeitos de direitos", vez que são representados em Juízo pelo Ministério Público ou pelos representantes das sociedades protetoras de animais (§3º, art. 2º do Decreto 24.645/34) e que, se a norma federal dispôs que eles são sujeitos de direitos, é obrigação da autoridade local fazer cumprir a lei federal que protege os animais domésticos.
Como último argumento, avise-o que irá queixar-se ao Ministério Público e à Corregedoria da Polícia Civil e, ainda, que você fará uma denúncia ao Secretário de Segurança Pública (www.ssp.sp.gov.br)aliás, carregue sempre esses telefones na sua carteira.
Para tanto, anote o nome e a patente de quem o atendeu, o endereço da Delegacia, o horário e a data e faça de tudo para mandá-lo lavrar um termo de que vc esteve naquela delegacia para pedir registro de maus-tratos a animal.
Ministério Público
Rio de Janeiro - (21) 2261-9954
Rio Grande do Sul - (51) 3224-3033 - meioambiente@mp.rs.gov.br
São Paulo - (11) 6955-4352 - meioamb@mp.sp.gov.br
Santa Catarina - (48) 229-9000 - pgj@mp.sc.gov.br
Corregedoria da Polícia Civil
São Paulo - (11) 3258-4711 / 3231-5536 / 3231-1775
Rua da Consolação, 2333
Se você estiver acompanhado de alguém, este alguém será sua prova testemunhal para encaminhar a queixa ao órgão público.
Se você tiver em mãos fotografias, número da placa do carro que abandonou o animal, laudo ou atestado veterinário, qualquer prova, leve para auxiliar tanto na Delegacia quanto no MP.
Não tenha receio em denunciar porque você não será o autor do processo judicial, que porventura for aberto a pedido do Delegado!! Sabe por que?
Preste atenção: O Decreto 24.645/34 reza em seu artigo 1º que: "Todos os animais existentes no país são tutelados pelo Estado"; e em seu artigo 2º - parágrafo 3º, que: "Os animais serão assistidos em juízo pelos representantes do Ministério Público, seus substitutos legais e pelos membros das Sociedades Protetoras dos Animais".
Logo, uma vez concluído o inquérito para apuração do crime, ou elaborado o Termo Circunstanciado, o Delegado o encaminhará ao Juízo para abertura da competente ação, onde o Autor da ação será o Estado.
Se o crime for contra Animais Silvestres
Animal Silvestre são todos aqueles animais pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do Território Brasileiro e suas águas jurisdicionais (fonte: Renctas).
Pode-se também dar ciência às autoridades policiais militares, mas, em especial, à Policia Florestal.
Polícia Florestal
São Paulo/SP - (11) 221-8699
São José do Rio Preto/SP - (17) 234-3833
Guarujá/SP - (13) 354-2299
Birigui/SP - (18) 642-3955
IBAMA
"Linha Verde" - 0800-618080
Batalhão Ambiental da Brigada Militar
Rio Grande do Sul - (51) 3339-4568 / 3339-4219
Se vc for do RJ, tenha em mãos o telefone do Disque-denúncia ((21)-2253-1177) que também recebe denúncias sobre maus-tratos, tráfico de animais, envenenamentos, trabalhos forçados, espetáculos que praticam abusos e maus-tratos (circos, rodeios, brigas de cães e de galos etc.).
A prefeitura de SP tem um site onde você pode fazer solicitações de seus serviços, incluindo denúncias contra maus-tratos.
O site é: http://sac.prodam.sp.gov.br/solicitacaoCadastro.asp mas tal procedimento é mais demorado e o auxílio pode vir tarde demais.
Uma outra dica também muito importante: Você sabia que as Associações de Bairro representam uma força associativa que pode provocar as autoridades na tomada de atitudes concretas em prol da comunidade?
Pois é, existe uma Lei de n.º 7.347, de 24.07.85, que confere a essas associações, qualificadas como entidades de função pública, ingressar em juízo na proteção dos bens públicos para preservar a qualidade de vida, inclusive com mandado de segurança (Constituição Federal, art.5º, LXX, "b") para a preservação desse bens e como a fauna é um patrimônio público, esta associação tem legitimidade para tanto.
Portanto, se o seu bairro estiver organizado em Associação, procure-a e peça que alguém o acompanhe até a Delegacia ou ao Fórum mais próximo.
Não se esqueçam também que o B.O. pode ser feito, dentro da Grande São Paulo, pela internet, através do site www.seguranca.sp.gov.br; basta preencher o B.O. na tela do computador e, em após um espaço de tempo, a Polícia entrará em contato para a confirmação das informações prestadas.
À partir daí, o B.O. estará disponível para cópia via impressora, procedimento este, também, que é muito mais demorado para determinados casos que requerem urgência.
O que fazer quando presenciar maus-tratos ou ver cavalos ou burros doentes, magros? Não chame a carrocinha.
Antes, peça orientação às Sociedades Protetoras de Animais ou, ainda, informe-se melhor acessando os únicos site brasileiros totalmente destinados aos eqüinos, à sua proteção e defesa:
Em Defesa dos Equinos
Pró-Vida Animal - Jegues Escravos
Obras e artigos consultados:
Direito dos Animais, de Laerte Fernando Levai
Direito dos Animais, de Diomar Ackel Filho
Constituição Federal/88
Código Penal
Site www.arcabrasil.org.br
Site www.ibama.gov.br
Site http://www.airnet.com.br/~falabicho/
Site http://br.geocities.com/AnimaisSOS/entidades.html
Site http://geocities.yahoo.com.br/equinosbrasil/
Site www.renctas.org.br
Informações importantes para SP
Reclamações, queixas e sugestões sobre a atividade policial - SP: www.ouvidoria-policia.sp.gov.br
Disque-ouvidoria da Polícia: 0800-177070
Atendimento de 2ª à 6ª feira - das 9:00 às 17:00 h
Atendimento Pessoal - das 9:00 às 15:00 h
Rua Libero Badaró, 600
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
NÃO FECHEM OS OLHOS
NÃO FECHEM OS OLHOS.
A NOSSA TENDÊNCIA É NÃO QUERER VER PARA NÃO SOFRER.MAS COMO PODEMOS MUDAR O QUE NÃO CONHECEMOS?
Você ainda acha que o homem é o melhor animal do planeta?Se orgulha de sua espécie?
(eu me orgulho das exceções) assista:
Se sabemos que os animais são tão sensíveis quanto nós e se sabemos também que eles são pacíficos e inocentes, por que causá-los tanta dor e tanta injustiça?
REFLITA
Você sabe a maneira que esses animais de consumo são tratados?
Os animais são tratados como escravos, assim como os negros foram tratados até pela própria igreja como seres sem almas...
Procure saber como se produz a carne do carpaccio que você come, do baby beef,vitela.
Procure saber também como é a prática do foegras e como são tratados os pintinhos que são tidos como “coisas” e triturados vivos.Veja como tratam as galinhas para o abate,como esse abate é feito e como as vacas leiteiras sofrem com dores e inflamações em suas tetas por serem obrigadas a estarem constantemente prenhas.E os bezerros são afastados de suas mães sem direito à mamar.Os machos são descartados logo cedo ou aproveitados para o “baby beef”.Procure depois saber com é feita a forma de abate dos bois.
Procure saber sobre a devastação e toda cadeia de sofrimento que é formada com esse processo de consumo de carnes. Cadeia de sofrimento esta para você, o meio ambiente e os animais indefesos. Além do que será que é mesmo correto nós, seres racionais, sentirmos prazer em detrimento do sofrimento de outros seres vivos?
Veja o documentário A CARNE É FRACA,feito pelo Instituto Nina Rosa.Primeira parte:
Segunda parte:
Sou extremista porque quem é moderado na proclamação da verdade, proclama somente a metade da verdade e deixa a outra metade velada por medo do que o mundo dirá". (Gibran Kalil Gibran)
“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos"-Eduardo Galeano
"A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana." - Charles Darwin
"Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor"-Pitágoras
Quanto menos capaz é um ser de se defender, maior a nossa obrigação de defendê-lo. Faça diferença positiva na vida de uma animal. Todos eles querem apenas amor, carinho, respeito. Nunca, jamais, maltrate. Eles não sabem falar.
Para os animais não importa o que você sabe ou sente.Importa o que você FAZ!
Saber e não fazer é ainda NÃO SABER!
Você vai mesmo fechar os olhos?
Eu faço parte daqueles que escolhem o vegetarianismo como uma expressão de amor.Livre de crueldades,torturas,especismo e que acreditam em um mundo onde todos os seres possam viver em harmonia!
Sem hipocrisia e sentimento de superioridade, não deixando que o velho argumento de "vai faltar nutrientes no seu cardápio" faça com q você coma seus amiguinhos!
Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem tomam em consideração as condições dos animais.
(Abraham Lincoln)
"Se os matadouros tivessem paredes de vidros, todos seriam vegetarianos"
"A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem" (Arthur Schopenhauer)
Animais não nos dão a vida como contam as historinhas ou como os desenhos animados e a propaganda em folhetos escolares procuram mostrar. Nós tiramos as suas vidas. Eles lutam até o fim para fugir da morte, do mesmo jeito que faríamos se estivéssemos em seu lugar
ANIMAIS EM CIRCO: http://www.pea.org.br/protesto/circos.htm
PELES: www.pea.org.br/protesto/peles.html
CARPACCIO: www.pea.org.br/protesto/babybeef.htm
EMPRESAS QUE TESTAM EM ANIMAIS: http://www.pea.org.br/protesto/testes.htm
FARRA DO BOI: http://www.pea.org.br/protesto/farra.htm
GAIOLAS: http://www.pea.org.br/protesto/prisao.htm
Para argumentos idiotas:
Eu não matei o animal.
R - Não, mas financiou sua morte, tornando-se responsável direto por ela. Sempre que você compra carne, assina um atestado de culpa: a morte daquele animal foi para seu usufruto e você pagou por ela.
Comer carne é natural. Tem sido assim por milhares de anos. Nós evoluímos desta maneira.
R - Na verdade, nós não evoluímos para comer carne. Animais carnívoros possuem dentes caninos pontiagudos, garras e um trato digestivo curto. Os seres humanos, em seu atual estágio de evolução, não apresentam garras nem caninos desenvolvidos. Temos molares lisos e um trato digestivo longo, muito mais adequado a uma dieta de vegetais, grãos e frutas. Comer carne é perigoso para nossa saúde; contribui para o aparecimento de doenças cardíacas, câncer e uma infinidade de outras doenças.
Vegetarianismo é uma questão de escolha pessoal. Não tente forçar os outros a fazer esta escolha.
R - De um ponto de vista moral, as ações que prejudicam outros não são questões de escolha pessoal. O assassinato, o estupro, o abuso de crianças e a crueldade para com os animais são atitudes imorais. Nossa sociedade incentiva hoje o hábito de comer carne e a crueldade nas unidades de criação de animais, mas a história nos ensina que esta mesma sociedade um dia encorajou a escravidão, o trabalho infantil e muitas outras práticas agora universalmente reconhecidas como imorais.
Se animais matam outros animais para se alimentar, porque deveríamos agir de forma diferente?
R - Os animais que matam para se alimentar não poderiam sobreviver se agissem de outra forma. Este não é o nosso caso. Nós, humanos, na verdade nos tornamos mais saudáveis quando adotamos uma dieta vegetariana. Além disso, se nós não costumamos nos comportar como animais, por que deveríamos abrir uma exceção para este caso?
http://adotebixo.blogspot.com
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Por que eu sou vegetariana
1) Mas galinha você come, né?
2) Ah, mas vegetais são vivos também...
3) Ah, mas o homem é carnívoro desde os tempos das cavernas...
4) Mas esses animais são feitos para isso, eles não existiriam se não fosse para alimentar os homens...
5) Ah, mas as pessoas precisam comer carne...
A maioria dos americanos come sete vezes mais proteína do que o necessário. E, ao contrário do que se acredita, o excesso de proteína pode causar osteoporose. Pesquisas demonstram que quanto maior o consumo de proteína, mais cálcio é "roubado" dos ossos. Um estudo realizado em 1983 pela Universidade de Michigan demonstrou que, aos 65 anos de idade, homens vegetarianos tinham uma perda óssea média de 3%; homens carnívoros, 18%. Entre as mulheres, as vegetarianas apresentavam 7% de perda óssea média, e as carnívoras, 35%.
6) Mas tem gente passando fome, imagina sem carne...
7) Comer carne é prejudicial ao meio-ambiente. Vejamos como: "No mundo inteiro, florestas estão sendo destruídas para sustentar o hábito de comer carne nas nações desenvolvidas. Entre 1960 e 1985, quase 40% de todas as florestas da América Central foram transformadas em pasto para a criação de gado. (...) Muito do excremento de animais criados para serem comidos flui, sem ser filtrado, para lagos e rios. (...) Para produzir meio quilo de carne, são necessários mais de nove mil litros de água. Menos água é gasta para produzir um ano de comida para um vegetariano puro do que um mês de comida para um carnívoro". (Dieta para uma nova América, de Jonh Robbins).